quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

da medicina poética...

Imagem: "Dr. Glaxo", de Chris Mars



Não tenho formação para receitar ansiolíticos,
mas empresto meus poemas como fitoterápicos.



Sabrina Dalbelo

Entendo que há poesia de todo o tipo, de variada complexidade, sobre todas as coisas, de uma frase só e de laudas e mais laudas...
Tem pra todo gosto!
Poesia complexa, dura, real (soco na cara mesmo!), sensível, sensual, de amor... há aquela que vai bater em alguém como um remedinho... ela pode não curar, mas ameniza a dor.
E aí está a beleza e a força das palavras.
Assim como a música, deixe a poesia entrar em seu coração...




Imagem: Outdoor da campanha #socialdoorpaim afixado em Porto Alegre/RS, em novembro de 2015, pela empresa de comunicação Paim, campanha da qual tive o prazer de participar.




Sinta o frescor no ar.
Abra a janela do seu coração.

Sabrina Dalbelo

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Sobre o nome das pessoas




 Imagem: Omerika


O NOME DELE

Descobri que o nome dele é Ulisses.
Eu achava que era Ricardo.
Como podemos nos enganar tanto com a identificação das pessoas, né!?
Ulisses já era especial, mesmo que eu nem soubesse o seu nome certinho.
De uma a duas vezes por dia, ele cruzava o meu caminho ou eu o dele.
No início eu nem o percebia, mas depois passei a ver Ulisses com outros olhos.
Ele sempre acenava pra mim.
Acenava e sorria.
Sorria e desviava o olhar timidamente.
Aquela timidez que te convida a querer saber mais, sabe?
"Que cara simpático esse Ricardo!", eu dizia.
E porque nos víamos direto, Ulisses deveria ter um nome.
Ricardo era um bom nome.
Eu tinha um colega na quinta série bem bonitinho chamado Ricardo.
Então peguei Ulisses para ser meu Ricardo.


Sabrina Dalbelo

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

POESIA SOCIAL

Imagem: filme "Ensaio sobre a Cegueira" (do site taxicafe.com.br)

Pobres cegos sem vendas.
Pobres emudecidos sem mordaça.
Pobres pródigos de bolsos vazios.
E pobres de todos os pobres. 

Sabrina Dalbelo

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LUTAS FEROZES E VÃS

Em tempos de cegueira
naturalmente humana
pelo próprio existir em sociedade
somos subjugados
engordados e
abatidos
feito gado burro e forte

provamos de nossa própria miudeza
em passeatas mudas
de cartazes tortos
e trombetas furadas
e lutas ferozes e vãs

nada adianta
somos apenas insetos que nunca zunem
porque nosso nome não consta na lista
lista dos escolhidos para escolher

é que
decisões injustas
aumento de encargos
falta de recursos
e brete
são nosso holocausto

Sabrina Dalbelo


obs.: hoje a poesia é social, porque isso também é necessário!
Sê crítico, se eu posso dar algum conselho na vida, sê crítico!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

AOS PÉS DO SEU SONHO

Imagem: Catrin Welz-Stein

Ela só tinha treze anos...
Sofria sozinha, mas tinha fé.
Já tinha fumado até a ponta,
Fugindo de casa quebrou seu pé.
Começava o dia no ponto,
Esperando o transporte em pé.
Era chutada pelas dificuldades
A fortes e rudes pontapés.
Seu sonho: ser bailarina!
Ter o controle na ponta dos pés.

ALGO DE AMOR... CURTOS E PHYNOS







Imagem: Fernando Bottero
 
PALAVRA DOADA

Das coisas e pessoas
um pedaço
cheio
do ângulo
vira palavra
doada

– / –

DO TEMPO

Para alguém
antigo ou novo
na vida
o que fica
é o amor que deu
para sempre

– / –

DEPENDE

Aproveitar o dia
A dois
Esperar (?) ou
Lutar (?)
Pelo que vem
Depois

SOBRE O QUE NÃO PENSAR


 

Imagem: Dany WR Ilustrações

 
Há tanto a dizer
Sobre poucas coisas
Douradas cintilantes
Paradas pulsantes
Palavrões
Sem nomes
Inconstantes
Do passado
Nada a declarar
Do futuro
Uma hora vai chegar
No presente
Não há que se pensar no tempo
E só!
Só nas coisas que são
São e pronto

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016





Olá,

Esse é "Se Tem Nome Existe", meu primeiro blog.
Eu sou uma veterana inveterada novata escritora.
Escrevo sobre tudo um pouco e a qualquer hora, até conversando com alguém.
Normalmente, posto o texto quando ele nasce na minha cabeça.
Tenho dois blogs no facebook, o "Se Tem Nome Existe" e o "Pensamento Sem Moldura".

 https://www.facebook.com/setemnomeexiste/
 https://www.facebook.com/pensamentosemmoldura/

Aqui será um ambiente de libertar os pássaros da minha gaiola.
Aqui eu vou colorir telas intermináveis com alguns ângulos que capto por aí.
Aqui eu vou apedrejar algumas vidraças.
Aqui eu vou acariciar as margens dos rios e fixar os olhos nas tempestades.

Aqui serei eu. E só!

Seja bem-vindo e bem-vinda para acompanhar essa miniodisseia!

Sabrina Nunes Dalbelo